Nos ultimos dias eu sorri tudo o que não tinha sorrido, e flutuei pra compensar tanto tempo com os pés na lama. Eu estou me libertando, aos poucos, e isso é bom demais.
A poesia aparece pra mim, de fininho. Ela chega até mim, direta, pé ante pé, e eu gosto tanto que eu gostaria que as pessoas sentissem esse ventinho no estômago como presságio de algo do bem pra chegar. Pode me dar rasteira e bicudo o quanto você quiser, Vida, porque e vou levantar, sacudir o pó da roupa, vou caminhar e lá longe, vou olhar pra atrás e te mandar beijinho.
A poesia aparece pra mim, de fininho. Ela chega até mim, direta, pé ante pé, e eu gosto tanto que eu gostaria que as pessoas sentissem esse ventinho no estômago como presságio de algo do bem pra chegar. Pode me dar rasteira e bicudo o quanto você quiser, Vida, porque e vou levantar, sacudir o pó da roupa, vou caminhar e lá longe, vou olhar pra atrás e te mandar beijinho.
Minha poesia não presta
Ézio Pires
Minha poesia não presta
Mas é minha
É frágil e ingênua
Gostaria que ela fosse uma rosa pública
Não presta mesmo, mas é minha
Ela procura meu coração aos pedaços
Procura brisa e orvalho
Procura tempo, silêncio e prece
Só me encontra na dor
Ézio Pires
Minha poesia não presta
Mas é minha
É frágil e ingênua
Gostaria que ela fosse uma rosa pública
Não presta mesmo, mas é minha
Ela procura meu coração aos pedaços
Procura brisa e orvalho
Procura tempo, silêncio e prece
Só me encontra na dor
Um comentário:
Ai está a guerreira que há em si, afastou a concha e não meteu a cabeça a areia. Só essa atitude já faz a diferença, há que lutar sem tréguas para chegar a um fim. Força!
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