segunda-feira, 29 de junho de 2009

O que é difícil pra mim

Ainda tem dias em que sinto um nóóóóó no peito. Sinto o coração pequenininho, apertado... Sinto falta de uma mão mais forte, alguém que eu possa relaxar por cinco minutos porque eu sei que vai segurar minha onda... Coisas que só papai, mamãe e namorado-marido sabem fazer. Coisas as quais eu não tenho nenhuma das três. Porque ser mãe/dona de casa/mulher (aqui entram mais uns 2.397 aspectos pra ser uma mulher no mínimo "decente") /profissional/amiga/ é difícil. E ter que demonstrar frieza ou indiferença naquilo que ainda te dói, te magoa, te fere, te faz chorar, também é difícil. Ficar calada e sufocar sentimentos pra não ter que sofrer mais ainda é um absurdo de difícil.

O jeito é enxugar a lágrima na barra da saia, assoar o nariz, lavar a fuça e pentear os cabelos porque o mundo gira e existem um monte de outras coisas que dependem de mim, mesmo que eu não queira. Eu queria dormir 8 horas seguidas, cuidar do cabelo e das unhas com tempo, eu queria poder dar uma pedalada, ver um filme INTEIRO... ver o pôr do sol, nadar, fazer trilha, ficar bêbada (mesmo depois de 3 anos sem beber nada alcoólico). São pequenas coisas que eu não estou tendo tempo pra fazer. Tô triste demais pra tentar, porque tem coisas que só dá pra fazer a dois (ou a três). E porque infelizmente o coração tem engrenagens que só determinados parafusos dão jeito.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Tempo

Ontem foi o dia da memória, de sentir o tempo que já correu nas minhas veias, de relembrar, de rever, das coisas boas da vida... e foi tão bom! Pude me lembrar dos meus tempos de faculdade, quando eu entrei na sala de aula na minha, calada e quieta no meu canto, em 2000; e saí de lá, poderosa, transformada, livre e corajosa 4 anos depois. Dos amigos que eu fiz e preservei depois de tanto tempo, pois conversei com eles ontem. Também pude sentir vários ombros amigos quando algumas pessoas vieram me perguntar essa semana o porque dos olhos inchados e vermelhos. Eu me senti mais feliz por ter tido a notícia de que uma grande amiga ganhou neném ontem mesmo, 2 meses antes do tempo e que mesmo assim, estão ótimos, mãe e filho.

Eu fiquei feliz porque pude passear ao sol indo ao dentista, e quando cheguei, o cara era lindo de doer (mas eu não senti dor, porque meus dentes são lindos e perfeitos!). E na volta, comprinha básica de roupa. E na hora de almoçar, uma simples salada me deixou satisfeita.

Meu dia foi bom porque eu peguei o metrô vazio, e tinha algo interessante pra ler. E quando vi minha filha, fui recebida com um sorriso de orelha à orelha. Quando finalmente fomos pra casa, tinha uma pessoa querida nos acompanhando.

A noite tava uma delícia pra ficar debaixo do edredon, mas a Aurora não deixou. E mesmo assim, qualquer tempo com ela é maravilhoso. E antes de irmos dormir, eu escuto meu nome aos berros no portão (coisa rara!!!!!). Eu pude receber uma visita que é sempre boa, em qualquer hora e em qualquer lugar, pra conversar sobre tudo, qualquer coisa, e rir das coisas mais banais... Minha filha dormiu no meu colo, enquanto eu gargalhava como eu não fazia há tempos.

Sabe, eu sou simples. É fácil me agradar porque o pouco já me satisfaz. E eu não sou velha ao ponto de deixar de viver. Mas eu seleciono mais, sabe!? Porque há alguns anos, sair de quinta a domingo pra mim era básico. Gastar todo o meu salário em roupa, balada e o meu carro, também era normal. Mas sabe quando você preenche seu coração com coisas fúteis e elas somem com o tempo, antes de você vestir o pijama? Pois é, era assim. Mas eu amadureci, porque foi necessário. Hoje tais coisas não fazem o menor sentido, não tem valor como antes. Se eu estou perdendo muita coisa, deixando de viver ou coisa parecida, não acho. Sei que tem gente que pensa assim. Eu mesma falaria isso há algum tempo atrás. Mas ontem eu pude perceber que não tô perdendo nada. Eu tô é ganhando, e muito. Hoje eu sei selecionar. Eu não vou pra qualquer lugar só pra ter que sair de casa, já que eu aprendi a valorizar meu sossego. Eu não vou beijar qualquer um só pra anotar numa lista, achando que quantidade é qualidade. Eu não vou fazer sexo sem gostar porque isso não vai me acrescentar em nada. Eu não vou gastar com coisas que não são realmente necessárias. Eu leio muito por prazer, não pra arrotar conhecimento. Eu sou fisicamente assim porque é assim que eu me sinto eu, não porque tá na moda.

Provavelmente eu não sofrerei quando a própria vida tiver que me dar lições. Cada tropeção que eu tenho dado nesses últimos tempos foram responsáveis por meus joelhos serem de ferro. Tenho duas pernas fortes, e minhas costas aguentam o baque que eu tiver que aguentar (não tenho nem papai nem mamãe pra segurar minha onda). E sabedoria e paz de espírito a gente não compra no E-bay. Assim como o dia feliz que eu tive ontem.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Como fazer com amor II

Continuando...




Esses painéis (foi um em cada janela e um atrás da mesa) também vieram do NE. São de juta, eu acho, e cada bonequinho, casinha, bandeirinha, foram feitos a mão com retalhos. Pela foto não dá pra ver direito, mas a perfeição e a riqueza de detalhes faz qualquer um morrer de inveja. LINDOS!!!!!



Olha quanta cor, quanto enfeite, quanta coisa gostosa... A comida, cada amigo levou um prato típico, e garanto, todo mundo se fartou. Até esses dias toda a família ainda comia coisas da festa!

E esse foi o bolo dos parabéns! Tinha tanta comida que eu até esqueci do coitado!!!!! Mas estava M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O!!!!!Pão de ló alternado com muitas camadas de mousse de chocolate, leve, doce na doce certa, perfeito. Sem contar o quanto ele ficou lindo!

E pra finalizar:

Gente, uma festa boa e bem feita não quer dizer que você tenha que contratar o melhor e mais caro buffet, nem garçons nem nada muito cheio de mimimi. Uma festa boa é quando é feita com carinho e as pessoas que você ama estão presentes. Não é aquela cheia de etiqueta nem pompa, é aquela em que você está feliz e a vontade, e que, principalmente o aniversariante, se sinta bem por receber o carinho de todos. Eu acho que me saí bem esse ano. É claro que tive ajuda de muitas pessoas amigas de verdade, mas se eu não tivesse disposição nem vontade, não rolaria nada. É uma pena que para alguns foi apenas um festa, e que compareceram por obrigação. Mas não me importo. Porque um dia a Aurora vai estar maiorzinha, eu vou mostrar o quanto foi bonita a festa de 2 aninhos dela e vou dizer como foi, com tantos detalhes que só a minha memória biônica é capaz de fazer. Vou dizer como ela estava feliz e que nem todo mundo compartilhou isso com ela. Vou dizer que ela não quis sair do pula pula pra cantar o parabéns. Vou dizer cada detalhe que ela vai querer outra do mesmo jeito...rs

E eu sou mãe, e tô aqui pra isso.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Como fazer com amor

A festa da Aurora aconteceu por muita insistência de terceiros. Foi meio que em cima da hora, porque eu relutei um pouco. Mas com criatividade, pouca grana e muita força de vontade dá tudo certo. Olha só:

As bandeirinhas são feitas de chita e TNT, portanto, totalmente reaproveitáveis. Custo zero porque foram emprestadas, assim como os balões em papel de seda e cartolina, e as toalhas de mesa, que são tecido xadrex por baixo e chita por cima, tecidos super baratos. Balão é baratinho também, então dá pra usar sem dó. Não paguei aluguel do espaço porque moro em casa, com varanda e garagem, então mais um ponto.

Ahhhhhhhhhh, as lembrancinhas de mesa... meu xodó. Fundo de garrafa pet por dentro, juta por fora, enfeitada com bandeirinhas em EVA e decoradas com cola colorida, tudo feito pela amiga artista. O caninho com o balão é baratinho. Dentro tinha chocolates e balas. Diliça. O porta-guardanapo foi feito com juta granpeada, e a florzinha se compra pronta e foi colada com cola quente. Aliás, cola quente foi o ponto chave de tudo. Manda ver!

A mesa principal e de doces foi outro tesouro. Estava cheia de cestinhas em vime e com sainhas em chita. As bonequinhas de cada cesta forma feitas à mão e vieram do NE. Emprestado (é bom ter amigos ném!?). Os pirulitos foram coberto com papel crepom, e cada um tinha um coração escrito o nome da Aurora. Esses saquinhos coloridos são pipoquinhas doces envoltas em crepon também, e feito um laço com fitilho. As cestinhas brancas tinham Top Bells dentro (mashmallow coberto de chocolate), e as alcinhas foram recortadas em EVA e enfeitas com florzinhas de cola colorida. Muitos e muitos docinhos, sem contar os doces típicos (cocada, pé de moleque, etc, que iam dentro das cestinhas em vime).

Foi tanta coisa linda e feita com carinho que depois conto mais... ainda tô cansada da festa! Hahahaha!

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Você vai me destruir*

Está acabando o amor
Você ainda não veio
Não disse não ligou
Se vem viver comigo

Se me quer como amiga
Se não quer mais me ver
Você vai me esquecer
Você vai me fazer padecer

Está acabando o amor
Você já não me pertence
Eu vejo por aí
Você não está comigo

Nessa nossa disputa
Nesse seu jeito bom
Eu não quero saber
Você vai desdenhar
E vai sofrer e vai perder

Você vai me destruir
Como uma faca cortando as etapas
Furando ao redor
Me indignando, me enchendo de tédio
Roubando o meu ar
Me deixa só e depois não consegue
Não me satisfaz
Pensando em te matar de amor ou de dor eu te espero calada

(Me pinte, me pegue
Me sirva, me entregue
Me deixe, me coma
Me envolva, me ame)

*Você já me destruiu

segunda-feira, 15 de junho de 2009

2 anos

E a festinha da Aurora foi um sucesso. Foi muito cansativo, porque fizemos tudo mesmo com as próprias mãos, mas valeu cada balão soprado! Todos os amigos queridos estavam presentes, foi tudo muito lindo e colorido. Ela adorou tudo, mesmo que tenha chegado meio sonolenta, se acabou no pula-pula. Teve muito doce, algodão-doce, muitas fotos, beijos e abraços. A minha filha é especial demais, e quando fomos dormir, ela super cansada, me disse que gostou muito da festinha, especialmente do pula-pula.
Obrigada à todos que compareceram e que venham muitas e muitas festinhas por aí! o/

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Chulé

Hum, tem uma pedrinha no meu sapato. Um sapato que já está velho, mas que eu adorava. Ele tá só o resto... e com chulé! HAHAHAHAAA!!!! Vai pro lixo, now! (e a pedrinha vai junto)

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Party o/

Eu tô sem tempo até pra respirar ultimamente. Trabalho, casa, filha, festas (uhú), mais festa e mais festa. Domingo é aniversário da minha princesa e tô cheia até as orelhas, mas tá sendo muito bom. Tenho pessoas maravilhosas me dando força total, e ver que existem pessoas brigando (no bom sentido) pra dar uma festa pra minha gatinha é demais. É muito trabalhoso, mas com cem mãos e muitos corações tudo dá certo. Qualquer coisa (e quando eu digo qualquer coisa é da comida aos relacionamentos) feita sem carinho, sem amor, sem sentimento, vai pro buraco. Eu sei disso por ter vivido na própria carne. Mas hoje percebo que não fui eu que perdi. Perde quem vive uma vida vazia, sem entrega total, sem sentimento, sem colorido. Sem amor, por nada nem por ninguém.

E agora que já tô vacinada, eu quero é sorrir pra caralho. Muito mesmo. Porque é isso que dá sentido à vida e nos deixa assim, leve como eu estou agora. E eu não preciso que ninguém faça isso por mim.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Dança das cadeiras

É difícil a gente ter que sair do lugar onde a gente está. Seja no emprego, seja em relacionamento, seja na sua casa, no seu bairro. Sair da vida a qual você está acostumada e totalmente ambientada, é difícil. É difícil não ter mãe uma hora dessas, nem ninguém que possa dar uma mão; é difícil não ter namorado, é difícil não ter mais aquela pessoa que você podia contar todas as horas porque ela simplesmente te deixou. Ela virou as costas, bateu a porta e se foi.

É difícil também perceber que você não tem tanta importância quanto achava que tinha, pelo menos ao ponto de alguém lutar por você, o mínimo que fosse. É a gente dar tripas, coração, fígado e a alma pra alguém que vai jogar tudo isso num canto. Esquecer. É difícil a gente gritar pedindo ajuda e as pessoas acharem que você está cantando uma canção meio maluca, ou é pura frescura mesmo.

Por aqui tá tudo bagunçado, tá doendo pacas. Não tem nada no lugar. Mas eu não tenho mais forças pra arrumar nada.