quarta-feira, 22 de abril de 2009

O amor

Florentino Ariza era o amor solidificado. Ele amou com o coração, com os olhos, com cada fio de cabelo caído, com os dentes, com as unhas do pé. Ele amou uma menina, um cheiro, uma trança cortada, uma imagem refletida num espelho. E ele esperou por esse amor de volta por 51 anos, 4 meses e 9 dias. Florentino Ariza é um personagem, não é um homem de carne e osso.

De qualquer forma eu fico imaginando como o mundo pode continuar girando se as pessoas não acreditarem no amor, que eu acho o sentimento mais nobre e mais puro. Como as pessoas podem viver, sorrir, procriar se não tiverem esse sentimento no coração, na alma, no corpo?

Eu amo. Eu amo coisas e pessoas. Amo que devia e quem não devia. Devo não amar quem devia também mas eu não tenho conhecimento disso. Eu só sei que a vida é oca e vazia sem a entrega total de nós mesmos em tudo que nos rodeia. Sem isso, tudo é superficial, é volúvel, é cinza, é fumaça. Eu também sofro por amar demais, mas será que sou eu que estou perdendo?

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